No cenário político de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a recente eleição de Fernanda Costa, filha do notório traficante Fernandinho Beira-Mar, levanta questões inquietantes sobre os rumos da política local. Com 7.355 votos, Fernanda, filiada ao MDB, conquistou a décima posição entre os vereadores mais votados, mesmo enquanto responde em liberdade a uma condenação por organização criminosa.
A condenação de Fernanda Costa surgiu no âmbito da “Operação Epístolas”, realizada em abril do ano passado. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Fernanda estava envolvida em transmitir mensagens codificadas de seu pai, Fernandinho Beira-Mar, para membros de seu grupo criminoso. Essas mensagens visavam contornar a vigilância policial e manter a operação criminosa ativa. Apesar de Fernanda negar as acusações, o MPF apresentou provas que resultaram em sua condenação a 4 anos e 10 meses de reclusão em regime semiaberto.
Fernandinho Beira-Mar, um dos líderes do Comando Vermelho, cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná. Sua transferência para lá ocorreu em março deste ano, após uma fuga de presos na unidade de segurança máxima do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Beira-Mar acumula mais de 300 anos de condenação por crimes que incluem tráfico de drogas, homicídios, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
A eleição de Fernanda Costa suscita um debate profundo sobre a influência de figuras criminosas na política e a capacidade do sistema eleitoral de filtrar candidatos com histórico criminal. Em uma perspectiva conservadora, a ascensão de Fernanda pode ser vista como um reflexo preocupante da normalização de vínculos com o crime organizado nas estruturas de poder.
Uma resposta
Para acabar com tanto vagabundo sendo “eleito” no Rio de Janeiro e outros Estados, só um evento da natureza! Furacão, terremoto, tsunami, tempestades… E diria mais: tem que acontecer no país todo! A começar de Brasília! 😒